Promotor
Teatro Nacional D. Maria II
Sinopse
Um teatro que se tem a si mesmo como prova de liberdade.
Autor de um teatro intransigente, que se tem a si mesmo como prova de liberdade, e que não foge das contradições humanas, Frank Castorf, uma das mais emblemáticas figuras do teatro alemão, revisita, em francês, Bajazet de Jean Racine, confrontando-o com o texto de Antonin Artaud, O Teatro e a Peste.
Neste espetáculo, Castorf traz à tona o que estes dois poetas têm em comum: a palavra falada. Se em Racine esta funciona como o braço com o qual os heróis se desembaraçam das camisas de forças que os aprisionam, para Artaud a reinvenção da linguagem conduz à libertação daquilo que é imposto pelo nascimento, pela sociedade e pela língua.
Bajazet passa-se entre as quatro paredes do Serralho de Constantinopla, na ausência do sultão. Para cada personagem, o verdadeiro amor entra em conflito com as ambições políticas, transformando em sinónimo de morte a vivência plena das paixões. A tragédia expõe o espírito falível do humano e a impossibilidade da existência de sentimentos puros. Ao adaptar Racine, Castorf transporta-nos de um século para outro, reunindo dois grandes autores que nos acordam os nossos demónios interiores.
Ficha Artística
encenação e adaptação Frank Castorf
texto Jean Racine, Antonin Artaud
citações Pascal, Dostoievski
com Adama Diop, Claire Sermonne, Jean-Damien Barbin, Jeanne Balibar, Mounir Margoum Andreas Deinert (câmara ao vivo)
música William Minke
cenografia Aleksandar Denic
figurinos Adriana Braga Peretzki
desenho de luz Lothar Baumgarte
vídeo Andreas Deinert
direção de cena Martine Staerk, Véronique Kespi (em alternância)
maquinaria Stéphane Devantéry
operação de luz Jean-Baptiste Boutte
operação de som Jan-Yves Coïc, Ludovic Guglielmazzi (em alternância)
perchista Glenn Zao
operação vídeo Nicolas Gerlier, Victor Hunziker (em alternância)
auxiliar de camarim Clara Ognibene
produção executiva Elizabeth Gay
assistência de encenação Hanna Lasserre e Camille Logoz Camille Roduit (estagiárias)
assistente de cenografia Maude Bovey (estagiária)
assistência de guarda-roupa Sabrina Bosshard
produção Théâtre Vidy-Lausanne, MC93 Maison de la Culture de Seine Saint-Denis
coprodução ExtraPôle Région SUD* e Grand Théâtre de Provence com o apoio da Friche Belle de Mai; Festival dAutomne à Paris; Théâtre National de Strasbourg - Maillon; Théâtre de Strasbourg, scène européenne; TANDEM Scène nationale, Douai; Bonlieu, Scène nationale Annecy; TNA / Teatro Nacional Argentino, Teatro Cervantes; Emilia Romagna Teatro Fondazione
apoio Institut français à Paris, Institut français du Portugal, Embaixada de França, Pro Helvetia Swiss Foundation for the culture
*Plataforma de produção com o apoio da Région SUD Provence-Alpes-Côte dAzur que junta o Festival d'Avignon, Festival de Marseille, Théâtre National de Nice, Théâtre National de la Criée, Les Théâtres, Anthéa, La Scène Nationale Liberté-Châteauvallon e Friche la Belle de Mai
Com o apoio financeiro do projeto PEPS no âmbito do programa europeu de cooperação transfronteiriça Interreg France-Suisse 2014-2020.
M/18
Espetáculo estreado a 30 de outubro de 2019, no Théâtre Vidy-Lausanne (Suíça).